As orelhas de abano costumam ser um problema para quem as tem. Embora a condição não comprometa a saúde física, pode ser motivo para questões emocionais, devido à baixa autoestima e até mesmo por consequência de bullying, especialmente durante a infância.
Até poucos anos, a correção das orelhas de abano era feita exclusivamente por otoplastia. No entanto, o desenvolvimento da técnica de otomodelação Earshutt, pelo cirurgião-dentista Kleyton Valverde, promete o mesmo resultado de maneira não invasiva, sem a necessidade de cortes.
“É uma abordagem fechada da técnica convencional de Mustardé [sutura], com deslocamento e expansão da pele da fossa da antélice [parte do pavilhão da orelha], com fixação por fios não absorvíveis, sem ressecação de pele, raspagem ou incisões em cartilagem, sem pontos aparentes ou necessidade de retirada de pontos”, explica Kleyton.
Ver essa foto no Instagram
Segundo ele, o resultado é imediato. Porém, como qualquer procedimento estético, pode haver edemas e hematomas. “A técnica é realizada para ser permanente, mas depende do cuidado pós-operatório do paciente, assim como na cirurgia convencional”, pontua o especialista, destacando a importância de seguir corretamente a orientação de uso de faixa de compressão na região entre três a sete dias.
A Earshutt é recomendada para qualquer paciente com projeção de orelha, a partir dos seis anos. Somente profissionais habilitados e autorizados pelo devido conselho a trabalhar com fios absorvíveis e não absorvíveis, podem efetuar o procedimento.
Por fim, Kleyton informa que os riscos são calculados: “Como em todo procedimento, temos riscos de infecção, inflamações mais encarceradas, que podem ser controlados por medicações e procedimentos realizados por profissionais devidamente capacitados e em local próprio. Deve-se levar em conta que cada paciente necessita de um protocolo específico, por essa razão me dedico há cinco anos exclusivamente em orelhas, adquirindo conhecimento para atender a maioria dos biotipos”.